William
B. Watterson II, mais conhecido como Bill Watterson, (Washington, 5 de julho de 1958) é o autor da tira de jornal Calvin e Hobbes.
Watterson nasceu em Washington DC,
mas se mudou com sua família para Changrin Falls, em Ohio, com seis anos de
idade. Ele se formou no Kenyon College em ciências políticas em 1980 e começou a
trabalhar no Cincinnati Post como chargista, mas foi
demitido em poucos meses. Calvin e Hobbes só foi publicado em 18 de novembro de 1985. Watterson se
aposentou em 9 de novembro de 1995, se dedicando a pintura.Em
1980 Watterson formou-se em Ciências Políticas no Kenyon College.
Imediatamente, o jornal Cincinnati Post ofereceu-lhe
um emprego como desenhista de charges políticas por um período de testes de
seis meses. "Eu estava na cidade havia duas semanas, e o editor já
insistia que boa parte do meu trabalho envolvesse eventos locais, em vez de
nacionais", explicaria em 1987. A cidade também estava começando a
perceber que tinha um talentoso cartunista em Jim Borgman, que desenhava para o concorrente, e a
comparação me era desfavorável." Watterson passou a desenhar anúncios
de mercados por quatro anos até criar Calvin e Hobbes.Watterson acredita em seu trabalho pela realização
pessoal que ele dá. Aos formandos de 1990 do Kenyon College, ele disse: "É
surpreendente como trabalhamos duro quando o trabalho é feito apenas para nós
mesmos." Calvin e Hobbes foi publicado pela primeira vez
em 18 de novembro de 1985. No livro de comemoração do décimo aniversário da tira,
Watterson escreveu que suas influências incluem Charles
Schulz, por seu trabalho em Minduim, Walt Kelly, por sua tira Pogo, e George
Herriman, por Krazy
Kat — Watterson também escreveu
a introdução do primeiro volume da compilação de tiras coloridas de Krazy Kat.
O estilo de Watterson também reflete a influência de Little Nemo in Slumberland, uma tira
desenhada no começo do Século XX por Winsor
McCay.
O gato de Watterson, Sprite,
inspirou boa parte da personalidade e atributos físicos de Hobbes. Além
disso, ele inseriu partes de sua própria vida nas tiras. Ele é um ciclista
ávido, e esse tema é recorrente em Calvin e Hobbes. Já os
discursos do pai de Calvin para tentar fazer o filho "construir
caráter" vêm de seu próprio pai.
Watterson passou boa parte de
sua carreira tentando mudar o clima das tiras de jornais. Ele acreditava que o
valor artístico dos quadrinhos estava sendo prejudicado e que o espaço que eles
ocupavam nos jornais estava diminuindo continuamente, sujeito a caprichos
arbitrários de editores pouco arrojados. Ele não parou por aí, e disse que a
arte não deve ser julgada pelo meio em que ele é criado (ou seja, não há arte
"alta" ou "baixa", apenas arte).
O autor ainda lutou contra a
pressão de editores para comercializar seu trabalho, algo que ele achava que
iria "diminuir" sua tira. Ele recusava-se a comercializar suas
criações, dizendo que colar imagens de Calvin e Hobbes em canecas, adesivos e
camisetas à venda desvalorizaria os personagens e suas personalidades. Ele
também recusou-se a permitir que fosse feita uma versão em desenho animado da
tira. Watterson costumava criticar a decisão de Jim Davis de
licenciar sua tira Garfield em tantos produtos, dizendo que isso
"diminuiria" a tira.
Watterson opôs-se à estrutura
que os editores impunham em tiras dominicais: a tira padrão começa com um
retângulo grande e comprido com o logotipo da tira ou um quadrinho que pode ser
eliminado da área principal, para que jornais com problemas de espaço pudessem
tirar a parte de cima se assim o desejassem; o restante da tira é apresentado
como uma série de retângulos de diferentes larguras. Na opinião de Watterson,
esse formato limitava as opções do cartunista. Depois de um ano sabático em
1991, ele ganhou uma exceção a essas restrições para Calvin e Hobbes, o
que o permitiu desenhar as tiras de domingo como ele queria. Em muitas de suas
tiras dominicais os quadrinhos sobrepõem-se ou contêm seus próprios quadrinho;
em outras, a ação progride diagonalmente ao longo da tira.
A última tira de Calvin
e Hobbes foi publicada em 31
de dezembro de 1995. Desde que se aposentou, Watterson tem se dadicado
à pintura, geralmente desenhando paisagens de florestas com seu pai. Em 21 de
dezembro de 1999 um pequeno artigo escrito por Watterson em ocasião do fim
da tira Peanuts foi publicado pelo jornal Los
Angeles Times. Ele tem se mantido longe das vistas do público e não deu
nenhuma indicação de que pode vir a dar continuidade à tira, criar novos
trabalhos baseados nos personagens ou mesmo dar início a novos projetos. Ele
recusa-se a dar autógrafos ou a licenciar seus personagens, mantendo-se fiel
aos princípios que sempre apregoou. Ele costumava autografar sorrateiramente
cópias de seus livros na Fireside Bookshop, uma livraria familiar em Chagrin
Falls, mas, ao descobrir que algumas pessoas estavam vendendo os livros
autografados por altos preços em leilões on-line, ele parou de fazê-lo. Por
questões de privacidade, ele raramente dá entrevistas ou faz aparições
públicas.
Em 2005 Watterson e sua esposa,
Melissa, mudaram-se de Chagrin Falls para Cleveland. No
mesmo ano o autor respondeu quinze perguntas formuladas por leitores no site da
editora que publica livros com suas tiras. Mais recentemente, ele escreveu
uma crítica do livro Schulz and Peanuts, uma biografia de Charles Schultz,
para o The Wall Street Journal em 12 de
outubro de 2007 e no ano seguinte escreveu o prefácio do primeiro livro
contendo as tiras Cul de Sac, de Richard Thompson.
Fonte : Wikipedia
Nenhum comentário:
Postar um comentário