A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e Ministério da
Saúde (MS) lançaram a campanha “Hanseníase: Quanto antes às pessoas
descobrirem, mais cedo vão se curar” para alertar a população sobre a
importância do diagnóstico precoce da doença. Bonequinhos de ambos os sexos,
várias idades e raças, retratam que todos os públicos podem afetados pela
doença, e todos podem ser curados.
Além das
ações do Ministério da Saúde (MS), a SES-MG vai divulgar posts informativos
sobre a doença em suas redes sociais - Facebook (www.facebook.com/saudemg) e
Twitter (twitter.com/saudemg). O objetivo é reforçar que a doença tem cura e
que o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS.
A
hanseníase, conhecida vulgarmente como lepra, sempre foi cercada por um grande
estigma e preconceito, devido às deformidades que podem acontecer quando o
tratamento não é feito adequadamente.
A
coordenadora de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde de
Minas Gerais, Maria do Carmo Rodrigues de Miranda, alerta: “Em 2013, 10,5% dos
casos registrados no estado apresentavam deformidades, indicando um percentual
ainda elevado de diagnóstico tardio. Além disso, o tratamento é uma forma de
evitar o contágio já que depois de iniciado o paciente já não mais a transmite
para as pessoas com quem convive”.
O
aparecimento de manchas dormentes esbranquiçadas, avermelhadas ou pardas, em
qualquer parte do corpo, podem ser os primeiros e principais sintomas da
Hanseníase. Neste caso o paciente deve procurar uma unidade de saúde para
confirmar o diagnóstico. O tratamento é feito com medicação e pode variar entre
seis e 12 meses. A melhor forma de prevenir a doença é tratar o paciente para
evitar o contágio de familiares e vizinhos.
Ao confirmar o quadro, todos devem ser examinados e orientados.
Municípios
que fazem divisas com outras unidades da federação merecem maior atenção, já
que o problema é agravado tanto pela existência de aglomerados espaciais de
casos, devido a movimentos migratórios, como também pela estrutura assistencial
existente nessas localidades. Merecem atenção especial regiões de Minas que
fazem divisa com o sul da Bahia, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal. Em
2013, foram registrados 1.220 novos casos da doença, sendo 48 (3,9%) em menores
de 15 anos.
Descoberta
em 1873, a hanseníase, que é uma doença infectocontagiosa, é causada por uma
bactéria chamada Mycobacterium leprae e sua transmissão se dá por meio das vias
respiratórias, no convívio com um paciente portador da forma contagiosa e que
esteja sem tratamento. Entretanto, a hanseníase é a doença que tem menor poder
de contágio pois, cerca de 90 a 95% da população tem boa defesa contra a
bactéria M. leprae.
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