Por Marcelo Miranda
Caríssimos leitores, e o preço dos combustíveis. Parece que não vai demorar e estaremos pagando R$ 4,00 no preço do litro da gasolina. E o etanol então. Um combustível renovável, produzido totalmente no Brasil, custar R$ 2,40 é uma irresponsabilidade. Um combustível 100% nacional ter um preço tão alto, evidencia que, enquanto uma minoria enche os bolsos de dinheiro, a grande maioria se “mata” para pagar uma necessidade quase que básica, nos tempos modernos.
A opinião pública, a todo o momento, cobra do governo federal uma posição frente a essa situação. Partindo desse ponto, a presidente Dilma Rousseff assinou no dia 28 de abril, uma Medida Provisória (MP) que aumenta a capacidade de intervenção do governo no abastecimento e preço dos combustíveis.
A MP reduz em dois pontos percentuais a quantidade mínima de álcool anidro na gasolina. A faixa obrigatória da mistura passa de 20% a 25% de álcool para 18% a 25%. Entretanto, isso não é solução plausível, frente ao grande problema.
O objetivo da medida é garantir o abastecimento interno de etanol e ainda dar mobilidade para a redução dos preços do combustível. Como o valor do álcool sofre oscilações constantes, a possibilidade de misturar apenas 18% do produto na gasolina pode, e não estou afirmando que vai, reduzir o valor do produto final que é vendido aos consumidores. Digo que pode, pois, após diminuir a mistura de etanol à gasolina, vai depender muito da boa vontade dos proprietários de postos de combustíveis.
Outra medida importante prevista na MP é a mudança na classificação do etanol, que passa de produto agrícola para combustível. Com isso, o setor passará a ser regulado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). A ANP será responsável pela comercialização, estocagem, exportação e exportação do etanol. O objetivo do governo é intervir para garantir o abastecimento e a estabilidade dos preços, além de poder fiscalizar e controlar as metas das usinas que produzem o combustível.
Pois bem, com tantos números e siglas, quem está pagando essa conta são os brasileiros, mais uma vez. Agora é esperar as cenas dos próximos capítulos, para saber se vamos rir ou chorar. Então, até que o preço dos combustíveis se torne pagável, vamos todos andar de bicicleta.
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