Cientistas
encontraram novas informações sobre a função de uma importante proteína no
cérebro usada no processo que transforma o aprendizado em memória de longo
prazo.
Em
artigo publicado na revista científica "Nature Neuroscience", os
autores afirmam que mais pesquisas sobre o papel da proteína Arc
(actin-regulated cytoskeleton) poderia ajudar na busca por novos tratamentos
contra doenças neurológicas.
A
mesma proteína também pode ser um fator atuante no autismo, dizem os
cientistas. Estudos recentes detectaram a falta de Arc no cérebro de pacientes
com mal de Alzheimer e viram que a função dessa proteína era crucial.
O
trabalho revelou ainda que, durante a formação da memória, certos genes eram
ativados e desativados em intervalos de tempo específicos, para que fossem
geradas as proteínas que ajudam os neurônios a estabelecer novas memórias.
Os
cientistas descobriram que a proteína Arc "dirigia" esse processo, a
partir do núcleo do neurônio. A pesquisa também confirmou que disfunções na
produção e no transporte da proteína Arc podem ter um papel-chave no autismo. A
Síndrome do X Frágil, por exemplo, vista como uma causa comum tanto de autismo
como de retardo mental, afeta diretamente a produção dessa proteína nos
neurônios.
Entretanto,
os cientistas afirmaram que ainda são necessários mais estudos sobre a função
da proteína Arc para a saúde humana. Eles ressaltaram que entender o papel dela
em doenças poderia contribuir para uma maior compreensão desses problemas e
ajudar na criação de novas estratégias terapêuticas para combatê-las.
Fonte: Jornal Folha de Negócios
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