O médico explica que o estresse é um fator de risco
cardiovascular, dentre outros
A conquista da independência financeira
e do direito ao planejamento familiar ofereceu à mulher a oportunidade de
conciliar trabalho com tarefas domésticas e vida pessoal. O risco de tamanha
correria é o agravamento dos níveis de estresse, esgotamento físico ou
emocional que pode comprometer o aparelho circulatório, gerando hipertensão,
arritmias e aterosclerose, além de câncer.
Quem faz o alerta é o cardiologista
Antonio Couto, professor de Cardiologia da Universidade Federal Fluminense
(UFF). O médico explica que o estresse é um fator de risco cardiovascular,
problema agravado ainda pela influência de manifestações de ordem emocional, como
a depressão.
"Os sintomas associados (ao
estresse) incluem palpitação, tonteira, sudorese fria, palidez e sentimentos de
pânico, além de dor precordial (na região torácica situada sobre o
coração)", explica.
Porém, se identificado logo no início,
fica mais fácil combater as causas do problema e evitar suas consequências à
saúde. Segundo o Dr. Couto, nas mulheres, as ocorrências mais diagnosticadas e
associadas ao estresse são angina de peito, arritmia, pressão alta, distúrbio
neurovegetativo e dores generalizadas.
Entre todas essas doenças, as
cardiovasculares são as que mais causam preocupação, já que a incidência das
patologias entre as mulheres praticamente se igualou à dos homens, ainda de
acordo com o professor de Cardiologia da UFF.
O médico explica que "o estresse
promove descarga de adrenalina e noradrenalina, aumentando a frequência
cardíaca, à qual se associa morte súbita. Ademais, a adrenalina destrói o
endotélio (camada celular interna dos vasos sanguíneos) e os miócitos (células
do coração), encurtando a vida".
Além do estresse, a depressão é outro
fator de risco que eleva a frequência de doença cardiovascular ou agrava essa
patologia. Uma pesquisa do "Journal of the American Medical
Association" mostrou que 20% dos pacientes com doenças coronarianas têm
depressão, assim como um terço dos diagnosticados com insuficiência cardíaca
congestiva, que se desenvolve durante anos.
O cardiologista indica a prática de
atividades físicas como a melhor forma de combater o estresse. "Entre as
práticas de exercício, a mais recomendável, e comprovadamente mais eficaz, é a
caminhada de pelo menos 150 minutos por semana", explica.
Em caso de impossibilidade de realizar
esses exercícios, o tratamento se dá por meio do uso de agentes
betabloqueadores, que reduzem os efeitos da adrenalina e da noradrenalina –
conhecidos como os hormônios do estresse.
Fonte:
http://www.gineco.com.br
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