Quem
nunca ficou tentado em dividir a comida com seu cão? Essa vontade sempre
aparece quando vemos aqueles olhos pedintes. Mas cuidado! Os cães possuem
características metabólicas e fisiológicas próprias e reagem de maneira
diferente aos alimentos que nós consumimos. Um exemplo de efeitos nocivos
causados por nossos alimentos nos cães é o chocolate. Ele contém uma substância
chamada Teobromina (composto da família da cafeína) que, no cão, pode causar intoxicação
ou até mesmo matá-lo.
A
alimentação tem influência direta nos cães, agindo de forma diferente, em cada
etapa da sua vida.
Para
os filhotes é de extrema importância a ingestão de colostro nas primeiras 24
horas de vida. Ele contém os anticorpos maternos que os protegerão contra
infecções nas suas primeiras semanas de vida. Os filhotes devem mamar de quatro
a seis vezes por dia. Com três a quatro semanas eles já começam a se interessar
por alimento sólido e iniciam o desmame. Atenção, pois o desmame não deve ser
feito antes de completarem 40 dias de vida. Devido ao seu desenvolvimento
acelerado, os filhotes possuem aproximadamente o dobro das necessidades
energéticas de um adulto. Também precisam de mais proteínas, e, segundo a Association of American Feed Control
Officials (AAFCO), em condições normais não se deve oferecer uma dieta com
quantidades excessivas de cálcio e fósforo, pois as rações comerciais para
filhotes já contém a quantidade necessária desses elementos.
Para
os filhotes a dica é que, nos seis primeiros meses, os cãezinhos precisam de
três a quatro refeições por dia, pois é nesse período que ocorre o crescimento
mais rápido e aumentam as necessidades de nutrientes e energia. A partir dos
seis meses, as necessidades diminuem à medida que o crescimento se torna mais
lento, e apenas duas refeições por dia são suficientes.
O
adulto necessita de uma dieta equilibrada e nutricionalmente completa para
suprir suas necessidades diárias (dieta de manutenção). O alimento, ração ou
comida caseira, deve ser balanceado para que não haja risco de obesidade ou
deficiência de algum elemento.
A
dica mais importante para os adultos é observar a quantidade de ração que deve
ser consumida diariamente, seguindo a recomendação do fabricante fornecida na
embalagem, de acordo com a raça ou tamanho do cão. Se o alimento fica
disponível ao cão durante todo o dia, é mais difícil saber precisamente o
quanto está sendo ingerido. Nos casos de acesso livre à comida, alguns cães
podem ficar obesos, e outros podem ficar subnutridos, principalmente se houver
relações de competição e/ou dominância com outros cães no mesmo ambiente.
No
animal idoso a taxa metabólica é menor e as necessidades energéticas diminuem
cerca de 30 a 40%. Nessa fase, o alimento deve ser de fácil digestão e com
proteínas de alta qualidade. Existem no mercado diversos tipos de rações
específicas que atendem todas as exigências dessa faixa etária. Se houver
alguma enfermidade, uma ração terapêutica deve ser fornecida.
Para
os idosos as dicas mais importantes são: prevenir a obesidade usando um esquema
de alimentação em quantidades controladas; estabelecer exercícios moderados e
regulares; e ter cuidado maior com os dentes e gengivas.
Fonte: Folha de Negócios
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