Estudos
mostraram que é possível estimular o cérebro de crianças para melhorar a
memória de curto prazo, também conhecida como memória de trabalho. Este assunto
foi estudado no Japão para ver como a ginástica cerebral pode aumentar a
capacidade de memorização e como isto pode estar relacionado ao QI.
Crianças
de 6 a 8 anos exercitaram o cérebro dez minutos por dia, durante dois meses. O
treinamento era simples e consistia em apresentar à criança um dígito ou uma
palavra por segundo, com um segundo de intervalo entre cada item: por exemplo a
sequência 5, 8, 4, 7, seguida das perguntas “Onde apareceu o quatro na
sequência?” ou “Qual era o terceiro item da sequência?”. Os estudantes tiveram
de praticar, gravando as sequências na memória de trabalho.
Com
a prática, eles aumentaram o número de itens de 3 para 8. Após o treinamento,
os pesquisadores aplicaram outro teste de memória de trabalho. Os resultados
indicaram que a memória de trabalho influenciou resultados do teste de QI. É
isso, crianças com maior capacidade de memória de trabalho geralmente têm QI
mais elevados.
Quando
alguns alunos do primário foram submetidos a testes de inteligência, os
resultados mostraram que o nível de inteligência aumentou 6% em um ano, contra
9% no grupo que recebeu estímulos para a memória. Os efeitos da ginástica
cerebral para a memória foram ainda mais evidentes em alunos do ensino
fundamental, com 12% de ganho no QI no grupo que recebeu estímulos, comparado a
6% de ganho nos demais. Como esperado, a criança com maior nível de QI foi a
melhor nos testes de memória de trabalho.
Em
conclusão, a ginástica cerebral pode melhorar a memória de trabalho e também
aumentar o nível de inteligência (QI), ao menos em crianças.
Artigo
do Dr. Bill Klemm, da Universidade A&M do Texas, professor e
neurocientista.
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