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segunda-feira, 2 de junho de 2014

AFINAL, ALIMENTOS INTEGRAIS FAZEM BEM OU MAL À SAÚDE?



Que eles são mais saudáveis e indicados para compor as refeições, não há dúvidas. O próprio Ministério da Saúde reconheceu a importância dos alimentos integrais e os colocou na base da pirâmide alimentar elaborada com o intuito de melhorar a qualidade da dieta dos brasileiros. Mas você sabe ao certo por que eles são melhores que suas versões refinadas? Mais importante do que isso: consegue identificar esses produtos entre as dezenas de opções expostas nas gôndolas? Tem ideia de que muitos dos que estampam a palavra “integral” no rótulo não o são de fato?

A polêmica em torno do enquadramento de pães, massas e biscoitos como alimentos integrais é tanta que um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados pretende colocar ordem no mercado. Isso porque não se tem uma definição clara do que pode ou não ser classificado como integral. Sem uma legislação específica, ingredientes enriquecidos com grãos, vitaminas e minerais se passam por integrais sem qualquer cerimônia. A verdade é que a composição continua rica em farinha branca, amplamente refinada e desprovida de seus nutrientes naturais. Quem paga é o consumidor, que não só desembolsa mais para ter um produto de melhor qualidade, como não terá o retorno esperado para a saúde.

A proposta apresentada na Câmara pelo deputado Onofre Santo Agostini (PSD-SC) prevê que só poderá estampar a expressão integral na embalagem o produto que contiver mais de 51% de grãos integrais em sua composição. Se esse percentual for de 15% a 51%, o correto é informar que se trata de um alimento “semi-integral ou com adição de farinha integral”. Abaixo de 15%, não poderá haver qualquer referência ao termo. A proposta está em fase de avaliação conclusiva pelas Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; Defesa do Consumidor e Constituição e Justiça e de Cidadania e, se aprovada, poderá seguir diretamente para o Senado.



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reconhece a necessidade de estabelecer requisitos mínimos para classificação desses alimentos. Por isso, já informou que pretende discutir o assunto quando for aberta a revisão do "Regulamento técnico para produtos de cereais, amidos, farinhas e farelos", ainda sem data para ocorrer.

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