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sexta-feira, 18 de maio de 2012

“Triagem de Prioridades” para que não ocorra um“Tsunami Ambulatorial”!




O Pediatra da Santa Casa de Misericórdia de Barbacena, Douglas Lourenço, em entrevista à Folha de Negócios, esclarece dúvidas e destaca a importância do projeto Sistema de Triagem de Prioridades.

• Por que um Sistema de Prioridades?
As Urgências Hospitalares existem para o ATENDIMENTO RÁPIDO DAS SITUAÇÕES DE RISCO PARA A SAÚDE, pelo que é claro que quanto mais grave a situação clínica mais rapidamente devem ser atendidos. O Sistema de Triagem de Manchester teve origem, tal como o nome indica, na cidade de Manchester, na Inglaterra, está testado internacionalmente e EM FUNCIONAMENTO EM VÁRIOS HOSPITAIS DO MUNDO INTEIRO. Está acreditado pelos Ministérios da Saúde, Ordens dos Médicos, Ordens dos Enfermeiros e é entendido como mais um passo, no sentido de melhor atender quem recorre a um Serviço de Urgência, no qual se exige rapidez, na proporção da gravidade. Em PRIMEIRO LUGAR, os doentes mais graves e não, necessariamente, quem chega primeiro.


• E se vier de um SAMU, BOMBEIROS, de outro Médico ou de Ambulância?
Mesmo assim terá de ser avaliado na triagem de prioridades, e se a sua situação for considerada não urgente deverá aguardar o atendimento dos doentes mais graves.


• Como se faz a Triagem de Prioridades?
Após efetuar a sua inscrição na Admissão de Doentes será encaminhado para o Gabinete de Triagem, onde será submetido a uma observação prévia, com identificação de um conjunto de sintomas ou de sinais que permitem atribuir uma cor que corresponde a um grau de prioridade clínica no atendimento e a um tempo de espera recomendado, até a primeira observação médica.


• Quais as cores e o que significam?
Existem 5 cores, VERMELHO, LARANJA, AMARELO, VERDE e AZUL, cada uma representando um grau de gravidade e um tempo de espera recomendado para o doente ser submetido a observação médica. A conjugação de esforços de todos os profissionais de saúde, é imprescindível para poder oferecer mais e melhores cuidados, corretamente dirigidos, a quem deles necessita.


• Qual é a realidade dos Serviços de Urgência?
O atendimento primário deficiente e de baixa resolutividade e a facilidade de acesso aos PAs (Prontos Atendimentos) de “portas abertas”, utilizadas com comodidade até mesmo pelo Sistema de Medicina de Grupo (convênios) levam um excesso de pacientes buscando diuturnamente os serviços de urgência/emergência para atendimento de consultas de rotina, classificadas pelo Protocolo de Manchester como cor azul, tempo de espera de até 240 minutos e provocando um “tsunami ambulatorial” onde percebemos de um lado famílias impacientes reclamando “direitos”, utilizando equivocadamente o expediente de Boletins de Ocorrência Policial e de outro lado um Conjunto de Profissionais pressionados, cansados física e emocionalmente, estressados e ameaçados por pessoas que não querem saber que a CLASSIFICAÇÃO DE RISCO veio REGULAR o atendimento para dar assistência a quem realmente precisa. “Plantão Médico é SOCORRO, não é CONSULTA! Esta realidade que estamos presenciando é como uma “coroa de espinhos” que, como carapuça, serve na cabeça de muitos municípios da “Terra de Santa Cruz”.
Mais informações: douglasl@fusoes.com.br

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