A farinha da casca de maracujá 10 vezes mais fibras
do que o suco feito com a polpa da própria fruta.
Na onda das farinhas funcionais, a feita com a casca de maracujá foi uma das pioneiras, com a realização de estudos sobre ela datados de 1998. Feita a partir da parte branca da casca, que é a porção mais rica em nutrientes, como a fibra pectina, a vitamina B3 (niacina), ferro, cálcio e fósforo a farinha de casca de maracujá tem propriedades importantes para a saúde, como redução dos picos glicêmicos, dentre outros.
Uma
das maiores características da farinha da casca de maracujá é a maior
quantidade de fibras. Ela chega a ter 10 vezes mais esse nutriente do que o
suco feito com a polpa. E a principal fibra é a pectina, que se transforma em
um gel no estômago e traz diversos benefícios à saúde. Ela ainda é rica em
potássio, tendo duas vezes mais do que o suco. Também contém mais vitamina B3
(niacina), ferro, cálcio e fósforo, nutrientes que se preservam quando ela é
transformada em farinha.
A
farinha não apresenta quantidades grandes dos principais macronutrientes
(carboidratos, proteínas e gorduras), porém é rica em fibras. A recomendação
diária desse nutriente é de 25 gramas, e em 2 colheres de sopa do alimento (ou
seja, 30 gramas, sua quantidade máxima indicada) encontramos 18,6 gramas de
fibras, ou seja, 74% da quantidade diária recomendada. São elas que vão trazer
a maior parte dos benefícios desse ingrediente.
A
porcentagem do valor diário de alguns nutrientes que a farinha de maracujá
oferta são: 74% de fibras; 3,5% de proteínas; 2%
de carboidratos; e 1% de
gorduras. É importante destacarmos que esses valores diários de referência têm
por base os adultos, numa dieta de 2.000
kcal ou 8.400 kJ, sendo que seus valores diários podem ser maiores ou menores
dependendo de suas necessidades energéticas.
Benefícios da farinha de maracujá
Todas
as fibras ajudam a promover a sensação de que se comeu o suficiente em uma
refeição. Porém, as contidas na farinha de maracujá são especiais: é a pectina,
uma fibra do tipo insolúvel. Na verdade sua maior função é absorver líquido e
então se tornar um gel, capaz de reter por mais tempo o bolo alimentar no
estômago e intestino, pois torna mais lenta a absorção dos nutrientes nele
contidos. O resultado é a sensação de saciedade por mais tempo, evitando um
maior consumo calórico.
Um
dos nutrientes que tem sua absorção mais lenta graças às pectinas é a glicose,
que é liberada em doses pequenas no sangue. O resultado disso é uma produção
menor do hormônio insulina, responsável por colocar o açúcar do sangue para
dentro das células. O problema é que ela ativa a deposição de células de
gordura no tecido adiposo, aumentando esse tipo de massa no nosso corpo.
Um
estudo feito na Universidade da Paraíba com 17 mulheres incluiu na alimentação
delas a farinha de casca de maracujá por 70 dias. Nesse período elas
apresentaram uma redução no peso de até oito quilos, mas inserindo o alimento
em um cardápio balanceado e com atividades físicas regulares.
Como consumir a farinha de maracujá
Ela
pode ser consumida cerca de 30 minutos antes das refeições, para trazer
saciedade e evitar o exagero ao comer. Mas também pode ser consumida nas
preparações, polvilhada em frutas, dissolvida em sucos, batidas de frutas,
iogurtes, sobre os alimentos, entre outros. Só não é indicado levá-la ao fogo,
pois ainda não há estudos que garantam que essa exposição extra ao calor não
altere suas propriedades e a textura dos alimentos.
Contraindicações
Não
existem contraindicações ao consumo desse alimento, apenas indicasse seguir uma
dieta equilibrada para ter melhores efeitos. Em uma das pesquisas já realizadas
com a farinha da casca de maracujá, voluntários receberam a farinha a fim de
testar sua toxicologia clínica e não demonstraram sinais de toxicidade.
Risco do consumo excessivo
Quando
consumida em excesso, a quantidade de fibras pode acabar causando diarreia,
distensão abdominal e vômitos. O consumo feito por crianças, gestantes e
lactantes deve ser realizado sob supervisão médica.
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