JORNAL FOLHA DE NEGÓCIOS, SEMPRE UM BOM NEGÓCIO - TEL:(32)3331-9521

Galeria Blog

terça-feira, 18 de março de 2014

Na prisão do próprio medo



Por:  AHMAD SUNBULAT NETO

Life Personal Coach || Consultor de Carreira || Analista Quântico

(32) 8706-1146 || (31) 8590-4267 || www.viverideal.com.br




Um perfil humano bastante comum é o das pessoas que se fecham, com medo da vida. Elas têm medo de conquistar, medo de amar, medo de conhecer, etc. Parecem não saber como lidar com os resultados de suas tentativas, mesmo que ele seja bom. Chega a ser intrigante o fato de haver pessoas que passam a vida amargando a pobreza, com medo de enriquecer. Enriquecer é, talvez, o desejo da maioria das pessoas. Mas, acredite; há pessoas que, embora, reúnam todas as condições para isso, não o fazem, e acabam por envelhecer em meio a dificuldades financeiras. Desde cedo, aprendem uma boa profissão, conseguem ótimos empregos ou empreendem muito bem o próprio negócio, mas não prosperam. No decorrer da vida, observamos pessoas assim, hábeis trabalhadoras, mente lógica, talentosas, com grande senso prático, com capacidade para fazer bons negócios e, no entanto, envelhecem pobres, quando não, dependentes dos filhos. Gente que convive com elas, que acompanham suas vidas desde sempre, dizem que não sabem como não conquistaram sequer dinheiro suficiente para ter uma velhice ao menos confortável. As oportunidades vieram várias durante a vida, mas simplesmente, não aproveitaram. Algumas pessoas são assim, no campo das emoções. Estão sempre esperando “a pessoa certa”, só que a pessoa certa chegou, foi embora e ela não se abriu para o amor. Outras “pessoas certas” chegaram e se foram e, ela, nada. Têm, também, aquelas pessoas que querem estudar mais, se formar em uma universidade e nunca realizam. Durante a mocidade, dizem que trabalham demais e não têm tempo. Na fase mais madura, quando os filhos já trabalham e se sustentam sozinhos, dizem que o tempo passou e que perderam o entusiasmo. Entre algumas das causas prováveis, uma merece destaque: O medo do sucesso os faz prisioneiros de si próprios. Enquanto uns não enriquecem por não serem capazes de administrar seus ganhos, outros, simplesmente deixam as oportunidades passarem. A sensação que lhes é comum é a da insegurança. Não se sentem bem, fora do seu mundo particular, do seu lugar comum. No amor, o medo de sofrer, com a possível perda da pessoa amada, os faz desistir de tentar, de se entregar e, quando arriscam, qualquer contrariedade, mesmo as mais comuns entre casais, os faz recuar, dizendo não a iminente felicidade. Chamamos a isso de, “sofrer por antecedência”.

No mundo profissional, quando as oportunidades de crescer em suas carreiras aparecem, chegam a recusar cargos importantes, como por exemplo, o de liderança de grupos ou de setor.  Alegando não terem capacidade de exercer uma função mais importante, e por acharem que seus colegas de trabalho se afastarão deles, não aceitam o desafio. No fundo, têm medo do sucesso a que fazem jus. Pessoas que empreendem o próprio negócio e passam anos do mesmo jeito, com a mesma estrutura, que não se atualizam regularmente, envelhecem mergulhadas nas próprias dificuldades, até serem engolidas pela concorrência. Alguns empreendedores, só buscam solução quando já não há quase nada mais a se fazer. Há algum tempo, atendi uma empresária que me pediu consultoria para resgatar seu restaurante de comida árabe no centro de uma importante capital brasileira. Havia passado anos sem reciclar seus conhecimentos e sem empreender melhorias na empresa. Com os funcionários desatualizados e desmotivados, os clientes se afastaram. No início do negócio, vinte anos antes, era o único do gênero nas redondezas. Ainda no primeiro ano, apareceu um concorrente. Dois anos mais tarde, já eram três e, mais recentemente, seis concorrentes. O medo de colher os bons resultados do crescimento a fez ficar na mesma posição durante os anos em que o negócio funcionou. Quando alguém sugeria que fizesse cursos, que reciclasse os funcionários e o cardápio, dizia; “Tá bom assim, não precisa mais nada”. Com receio de crescer, se fez vitima do atraso. Falida, se deu conta de que fora descuidada. Iniciei o atendimento ajudando-a a sair do cárcere da inércia, que a prendia pelo medo do sucesso, na prisão do próprio medo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário