Por: AHMAD SUNBULAT NETO
Life Personal Coach
|| Consultor de Carreira || Analista Quântico
(32) 8706-1146 || (31) 8590-4267 ||
www.viverideal.com.br
Um perfil humano bastante comum é o das
pessoas que se fecham, com medo da vida. Elas têm medo de conquistar, medo de
amar, medo de conhecer, etc. Parecem não saber como lidar com os resultados de
suas tentativas, mesmo que ele seja bom. Chega a ser intrigante o fato de haver
pessoas que passam a vida amargando a pobreza, com medo de enriquecer. Enriquecer
é, talvez, o desejo da maioria das pessoas. Mas, acredite; há pessoas que,
embora, reúnam todas as condições para isso, não o fazem, e acabam por
envelhecer em meio a dificuldades financeiras. Desde cedo, aprendem uma boa
profissão, conseguem ótimos empregos ou empreendem muito bem o próprio negócio,
mas não prosperam. No decorrer da vida, observamos pessoas assim, hábeis
trabalhadoras, mente lógica, talentosas, com grande senso prático, com capacidade
para fazer bons negócios e, no entanto, envelhecem pobres, quando não, dependentes
dos filhos. Gente que convive com elas, que acompanham suas vidas desde sempre,
dizem que não sabem como não conquistaram sequer dinheiro suficiente para ter
uma velhice ao menos confortável. As oportunidades vieram várias durante a
vida, mas simplesmente, não aproveitaram. Algumas pessoas são assim, no campo
das emoções. Estão sempre esperando “a pessoa certa”, só que a pessoa certa
chegou, foi embora e ela não se abriu para o amor. Outras “pessoas certas”
chegaram e se foram e, ela, nada. Têm, também, aquelas pessoas que querem
estudar mais, se formar em uma universidade e nunca realizam. Durante a
mocidade, dizem que trabalham demais e não têm tempo. Na fase mais madura,
quando os filhos já trabalham e se sustentam sozinhos, dizem que o tempo passou
e que perderam o entusiasmo. Entre algumas das causas prováveis, uma merece
destaque: O medo do sucesso os faz prisioneiros de si próprios. Enquanto uns
não enriquecem por não serem capazes de administrar seus ganhos, outros, simplesmente
deixam as oportunidades passarem. A sensação que lhes é comum é a da
insegurança. Não se sentem bem, fora do seu mundo particular, do seu lugar
comum. No amor, o medo de sofrer, com a possível perda da pessoa amada, os faz
desistir de tentar, de se entregar e, quando arriscam, qualquer contrariedade,
mesmo as mais comuns entre casais, os faz recuar, dizendo não a iminente
felicidade. Chamamos a isso de, “sofrer por antecedência”.
No mundo profissional, quando as
oportunidades de crescer em suas carreiras aparecem, chegam a recusar cargos
importantes, como por exemplo, o de liderança de grupos ou de setor. Alegando não terem capacidade de exercer uma função
mais importante, e por acharem que seus colegas de trabalho se afastarão deles,
não aceitam o desafio. No fundo, têm medo do sucesso a que fazem jus. Pessoas
que empreendem o próprio negócio e passam anos do mesmo jeito, com a mesma
estrutura, que não se atualizam regularmente, envelhecem mergulhadas nas
próprias dificuldades, até serem engolidas pela concorrência. Alguns
empreendedores, só buscam solução quando já não há quase nada mais a se fazer. Há
algum tempo, atendi uma empresária que me pediu consultoria para resgatar seu
restaurante de comida árabe no centro de uma importante capital brasileira. Havia
passado anos sem reciclar seus conhecimentos e sem empreender melhorias na
empresa. Com os funcionários desatualizados e desmotivados, os clientes se
afastaram. No início do negócio, vinte anos antes, era o único do gênero nas
redondezas. Ainda no primeiro ano, apareceu um concorrente. Dois anos mais
tarde, já eram três e, mais recentemente, seis concorrentes. O medo de colher
os bons resultados do crescimento a fez ficar na mesma posição durante os anos
em que o negócio funcionou. Quando alguém sugeria que fizesse cursos, que
reciclasse os funcionários e o cardápio, dizia; “Tá bom assim, não precisa mais
nada”. Com receio de crescer, se fez vitima do atraso. Falida, se deu conta de
que fora descuidada. Iniciei o atendimento ajudando-a a sair do cárcere da
inércia, que a prendia pelo medo do sucesso, na prisão do próprio medo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário