A Prefeitura de Barbacena, por
meio da Secretaria Municipal de Saúde Pública, implantou na cidade o Programa
de Atenção Domiciliar ‘Melhor em Casa’. Iniciativa do Ministério da Saúde, o
Programa cumpre o propósito de atender, no lar, pessoas com necessidade de
reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos ou que estejam em situação
pós-cirúrgica.
Em Barbacena, o ‘Melhor em Casa’ está inovando a saúde no
setor de internações. A partir de uma análise da equipe médica e de enfermagem,
pacientes de baixa e média complexidade recebem autorização para tratamento no
conforto do lar, com a segurança do hospital. Dessa forma, os leitos
hospitalares são liberados para pacientes mais graves.
A equipe do Programa é formada por 10 profissionais que
atendem o indivíduo diariamente. Segundo a Dra. Rafaela Machado Neto,
Coordenadora do Programa, trata-se de um projeto novo na cidade, mas que já
funciona em todo o país. “A desospitalização é uma quebra de paradigmas.
Inicialmente, os pacientes e familiares ficam inseguros, mas temos todo um
trabalho voltado para isso. A assistente social é quem faz o primeiro contato
e, a partir daí, a equipe entra. Geralmente, eles aceitam muito bem e aprovam
esse tipo de tratamento, que é mais humanista, mais confortável e
individualizado”, explicou a médica.
Hoje, o Programa atende oito pessoas e a avaliação é
ótima. Carlos José Portes foi o primeiro paciente do Programa. Para ele, “ser
tratado em casa não tem comparação. Ficar em nosso lar e ser cuidado por nossa
família é muito mais confortável e ajuda muito na recuperação. Além disso, eu
ficaria 20 dias no hospital ocupando a vaga de outro paciente sem necessidade”.
A esposa de Carlos, Maria Auxiliadora Portes, é quem o acompanha no tratamento.
Segundo ela, o diferencial é a liberdade do lar. “Em casa, o paciente não se
limita. Se ele precisa de algo, ele vai pedir, porque sabe que não está
incomodando. No hospital, existe este receio”, afirmou ela.
O Programa trouxe mais uma alternativa de assistência
para a cidade. O filho de Marilda dos Santos, Daniel dos Santos, tem paralisia
cerebral e era internado a cada três ou dois meses, dependendo da época do ano.
De acordo com a mãe, após o início do tratamento em casa as coisas ficaram
muito mais fáceis. “Devido à dificuldade de locomoção do Daniel, era complicado
sair de casa para o hospital. A equipe vem todos os dias, são muito carinhosos
e meu filho já melhorou muito”, disse Marilda.
A enfermeira Ivane Ferreira de Jesus defendeu que o
Programa possibilita uma abordagem diferenciada. “Além de não termos a correria
do hospital, o paciente tem uma pessoa 24 horas ao seu lado, por isso o
tratamento é tranquilo”, explicou Ivane que falou um pouco sobre o trabalho da
equipe: “capacitamos o cuidador, cumprimos a prescrição médica, acompanhamos a
evolução do paciente, e temos o cuidado com o lixo hospitalar, que é levado
conosco para o hospital, para ser descartado corretamente”.
A humanização do tratamento e o atendimento
individualizado foram destacados pela equipe do Programa Melhor em Casa.
Segundo eles, a recuperação tende a evoluir de forma mais rápida, porque o
tratamento no lar acontece no momento do paciente, de acordo com suas
possibilidades. Além disso, as visitas de amigos e parentes, a comida e o
cuidado mais íntimo auxiliam muito.
Fonte:
Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal
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