Quando Michelangelo pintou seus famosos afrescos no teto da Capela Sistina, não poderia imaginar que, mais de quinhentos anos depois, sua obra ganharia um sofisticado sistema de iluminação. A responsável pela nova tecnologia, que usa e abusa do LED, é a multinacional alemã Osram, especializada em sistemas de iluminação.
O novo sistema, que deve ser implementado no ano que vem, permitirá que as obras sejam vistas com uma precisão nunca antes imaginada por ali. Para isso, mais de 7 mil componentes de LED serão camuflados embaixo das janelas. Assim, a luz emitida seguirá a mesma direção que a natural, durante o dia, e os visitantes não notarão a presença das luminárias hi-tech. O projeto é tão detalhista que a cor do espectro luminoso foi customizada com alta precisão para adaptar-se ao pigmento de cada parte das pinturas.
Mas o projeto não privilegia somente a visualização. O novo artefato, que segue as especificações para iluminação de arte do Museu Lenbachhaus, de Munique, ainda reduzirá em 60% o gasto de energia em relação ao anterior. Mais importante que isso, ele ajudará na conservação do patrimônio histórico, garantindo que as pinturas possam ser vistas claramente, mas com o mínimo de envelhecimento possível.
O projeto piloto, chamado LED4Art, é custeado pelo Programa de Framework em Competitividade e Inovação (PSP-CIP) e apoiado pela Universidade de Pannonia, na Hungria; o Instituto de Pesquisa Energética da Catalunha, na Espanha; e os escritórios de planejamento da Faber Technica, na Itália.
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