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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

PENSAR O PASSADO PARA PLANEJAR UM FUTURO



Por Marcelo Miranda
Já estamos em 2015 e, infelizmente, as projeções para esse ano não são boas, tanto na política quanto na economia. Entretanto, antes de fazermos considerações alusivas ao novo ano que, queremos que seja melhor que 2014, temos que refletir sobre os fatos importantes do ano que se findou.
Antes de começar, 2014 já se anunciava como um ano de fortes emoções por reunir dois eventos marcantes: a Copa do Mundo no Brasil e as eleições presidenciais. Mas, apesar do prenúncio, nem as mais ousadas previsões dariam conta de antever o que este 2014 de acontecimentos superlativos reservava à política nacional. De janeiro a dezembro, brasileiros testemunharam desde o desenrolar do escândalo da Petrobras, maior esquema de corrupção investigado no país, até a eleição presidencial mais acirrada da história, que contou com a morte do candidato Eduardo Campos (PSB) e culminou com a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Não por acaso, cientistas políticos consideram que as repercussões não se encerrarão com o ano novo.
Nesse entremeio, ainda houve fatos inusitados, como a aposentadoria do senador José Sarney (PMDB-AP), de 84 anos, primeiro presidente da República na redemocratização. Quem também se despediu da vida pública foi o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, de 59, relator do processo do mensalão.
As eleições rendem, até hoje, um capítulo à parte. Mais de um ano depois de os brasileiros irem às ruas nas manifestações de 2013, candidatos assumiram o discurso da mudança, mas o processo eleitoral acabou, na prática, acentuando a histórica polarização entre o PT de Dilma e o PSDB do candidato derrotado, o senador Aécio Neves.
Mas, na real verdade lhes digo que, até o momento, os discursos de Dilma e do PT no período eleitoral, ainda, não passaram de falácias eleitoreiras. Entretanto, de coração, gostaria que em 2015 as promessas de Dilma se concretizassem.
Ao longo da campanha, eleitores ficaram chocados com a morte do candidato Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco, vítima de acidente aéreo em Santos, no litoral paulista. Apresentado como uma “terceira via”, em oposição ao PT e ao PSDB, ele foi substituído pela vice, a ex-senadora Marina Silva. Em dois meses, Marina teve chances reais de se tornar presidente e, ao mesmo tempo, sofreu queda avassaladora nas pesquisas de intenção de voto e acabou fora do segundo turno.
A vitória apertada de Dilma sobre Aécio, com a diferença de apenas três milhões de votos, fez emergir também um movimento de direita conservador. Manifestantes foram às ruas pedir o impeachment da presidente e até o retorno da ditadura militar, o que é um completo disparate, em meu entendimento.
Deflagrada em março, a Operação Lava-Jato da Polícia Federal também marcou o ano e desvendou esquema de lavagem de dinheiro e propina na Petrobras, a maior estatal brasileira, que movimentou cerca de R$ 10 bilhões, segundo a PF. Até agora, já são 39 denunciados pelo Ministério Público (MP), entre eles políticos, empresários e executivos de empreiteiras.
A Operação Lava-Jato também merece observações à parte, mesmo porque ainda existe um grupo resistente de petistas que diz que essa operação é uma ação planejada pela Rede Globo, o que também não deixa de ser um disparate pensar isso.
Com certeza, esse escândalo leva a classe política a repensar aspectos de financiamento político-partidário. Pela primeira vez, estamos vendo também a classe alta sendo responsabilizada. E isso nós temos que valorizar. Só assim os partidos poderão fazer reflexão para a democracia brasileira ter suas instituições aperfeiçoadas.
2015 já esta ai. Pensamento positivo. Um Feliz 2015 a todos. 

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