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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

OUTONO EM VENEZA



Por Rafaela Beloni
Seguindo viagem desde Roma, para embarcarmos em nossa Travessia Europa/Brasil, chegamos a Veneza! E desta vez, Veneza estava incrivelmente especial: inundada!
Isso mesmo, a cidade estava alagada e nossa chegada foi surpreendente. Tínhamos um barco e uma pessoa nos aguardando no aeroporto. O percurso foi tranquilo, mas, para nossa surpresa, o barco não conseguia passar por debaixo das pontes dos canais e chegar até o nosso hotel, que por sinal ficava a 500 metros da Praça São Marcos, muito bem localizado. Tivemos que descer com nossas malas e contratar um carregador para levá-las até o hotel. Tudo resolvido? Não! Nosso caminho estava alagado, com água acima da canela! Mas esse problema foi resolvido prontamente: eis que surge um vendedor ambulante com várias botinhas plásticas para serem colocadas por cima dos sapatos e assim nós conseguimos  atravessar a inundação. Essas botinhas foram nossas companheiras de viagem, nós as usamos enquanto estivemos por lá.
Apesar de muitas pessoas acharem que a causa do alagamento eram as  chuvas ao verem nossas fotos, a verdade é que esse é um fenômeno natural chamado “acqua alta” e não é um acontecimento extraordinário nem uma catástrofe natural. É um acontecimento normal, que costuma se repetir principalmente nos meses de novembro e dezembro, ou seja, durante o outono e inverno na Itália. Importante: a “acqua alta” dura apenas algumas horas, em alguns dias. No dia da nossa chegada, ela durou até mais ou menos o meio da tarde, e no dia seguinte, quando partimos para o porto por voltas das 14h, o alagamento ainda estava lá, firme e forte. A tal da “acqua alta” não é nada mais, nada menos do que uma maré alta: como Veneza é rodeada por água do mar, algumas vezes a maré sobe mais do que o previsto e inunda algumas praças e ruas.
Não é toda Veneza que fica alagada. Embora os telejornais costumem anunciar que Veneza está completamente alagada, o fenômeno da “acqua alta” costuma acontecer apenas nas áreas mais baixas da cidade, como por exemplo, na Piazza San Marco, a praça mais turística de Veneza. Você pode circular tranquilamente pelas outras ruas da cidade e nem notar que aconteceu a “acqua alta” inclusive nas horas de pico da maré. É muito raro que realmente a cidade inteira fique alagada.
Para nossa sorte, e o que não é comum acontecer, entramos na famosa Basílica de São Marcos e na Torre do Relógio (Campanário de São Marcos) sem pegar filas! Acreditem, inédito para mim que já estive por lá outras vezes. A Basílica vale a visita como em outras tantas espalhadas pela Europa, mas minha indicação é pela Torre. A vista é fantástica! Toda a cidade de Veneza vista do alto, casas muito próximas e telhados quase se encostando. Entre eles, observando bem é possível ver os estreitos canais e ficar admirando aquela vista por muito tempo. A subida é feita de elevador e lá em cima encontramos cinco sinos sob o campanário. Vale a pena a visita! Fizemos ainda, neste dia, um belo passeio de gôndola – não se deve ir a Veneza sem passear de gôndola, e não se deve ir à Itália e não comer uma boa comida italiana. Ah, não posso esquecer-me da bebida típica Veneziana, como já contei em outra edição sobre Veneza, o Spritz Alepro. 
Nosso segundo dia por lá foi de compras (bons vinhos) e lembranças de Veneza. À tarde calçamos novamente nossas botas e seguimos para o barco que nos levou até o navio MSC Preziosa.
Agora sim, começa nossa travessia! Aguarde!

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