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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Livre arbítrio, o maior “erro” de Deus!



Por: Ahmad Neto

Muito antes do espiritísmo de Alan Kardec, as principais religiões orientais, em especial o Budismo, já pregavam sobre a imortalidade da alma, e das oportunidades de evolução através das muitas reencarnações. Também Jesus, o Cristo, deixou em suas muitas mensagens, sobretudo aquelas mensagens bíblicas, nas quais se pode acreditar, que o espirito vive depois da morte e transita por outros mundos em trajetória de crescimento. Também, disse Jesus, que num futuro após a sua era, ele enviaria um consolador para jogar luz sobre a escuridão da compreensão humana, fazendo com que o ser humano pudesse enxergar a real finalidade de passar pelas existências neste planeta. Os anos passaram desde Buda e Jesus. Também passaram muitos séculos e milênios carregando guerras, doenças, sofrimentos e grandes descobertas. Grandes e importantes homens e mulheres vieram como consoladores prometidos por Jesus, para auxiliar na senda evolutiva humana, tais como Mahatma Gandhi e Madre Teresa de Calcutá, dentre outros. Mas, também vieram muitos homens e mulheres completamente embrutecidos para se oporem ao ensinamentos e aos exemplos dos consoladores, tais como Adolf Hitler que dispensa apresentações, e a Rainha Catarina de Médici que, contrária ao movimento protestante, pressionou o rei Carlos IX, seu filho, resultando no massacre que, matou mais de 30 mil protestantes, e que ficou conhecido como massacre de São Bartolomeu, em 23 e 24 de agosto de 1572, sendo um dos episódios mais sangrentos de toda a França católica. Séculos depois, Alan Kardec codificava o que seria conhecido como espiritísmo e que, através de suas doutrinas, reforçaria o conhecimento de alguns sobre a vida após a morte. Pois bem, ao analisar a história, desde os idos de Sidarta Gautama, Buda, o iluminado, e assistindo as misérias humanas que, até hoje, graçam no mundo, chego a conclusão que o grande erro de Deus foi o de ter concedido ao homem a liberdade de escolha, ou seja, o livre arbítrio. As observações que faço e que todos podem fazer, são as de que o homem em posse de sua liberdade plena de escolhas, sempre busca o caminho mais fácil para atender suas necessidades imediatas, passando por cima dos mais fracos e desprezando os ensinamentos profundos e verdadeiros acerca da própria existência e evolução. Os governantes se achando acima de Deus e sabendo que são livres para decidir, se intrometem nos negócios empresariais e nas famílias, atrasando a evolução das empresas em detrimento do avanço no conhecimento e atrasando a formação da cidadania no exercício de seus plenos direitos e deveres. Os pais, também, se achando livres para decidir sobre a educação dos filhos, mais os confundem e desvirtuam do que os orientam para serem patriotas e cidadãos do mundo. E por fim, as muitas religiões ocidentais e algumas orientais, que em nada ajudam o homem a compreender o seu verdadeiro papel junto a criação divina. Com plena consciência da sua liberdade de escolha, o ser humano usa e abusa dos recursos naturais, poluindo o ar, as águas, desmatando sem freio e sem consciência as florestas, detruindo preciosos ecosistemas e biomas. E, por fim, o mais grave; usando de sua inteligência, astúcia e de profundo desprezo pela natureza e por tudo que é sagrado, fomenta a reprodução e o manejo dos animais para fins de alimentação, recreação, vestuário e pesquisa, subjugando-os e lhes impondo sofrimento, horror e dores dilacerantes e atrozes, em nome de uma economia excluísta que já não mais se sustenta. Por esse olhar e por essas reflexões é que acredito que se não fosse o livre arbítrio o homem não cometeria tantos erros, tantos desatinos e, com certeza, não sofreria tanto com suas nefastas consequências? Pergunto aos seguidores de Kardec, leia-se espiritas, qual o limite das reencarnações? Até quando permitirá Deus que o homem continue a reencarnar sem que se perceba o mínimo progresso, cometendo os mesmos erros de sempre. Não tenham dúvidas de que o criador, assim como nós, cometeu um erro. Talvez o maior de todos; o “livre arbitrio”, o maior erro de Deus.



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