Por Ahmad Sunbulat Neto
Ao escrever este artigo, tomo por base
um dos maiores homens da história da humanidade; trata-se de Abraham
Lincoln, 16.° Presidente dos Estados Unidos da América, que governou esse
país de 04 de março de 1861 a 15 de abril de 1865, por ocasião de seu
assassinato. Lincoln foi responsável pelo fim da escravidão, e conseguiu manter
a união durante uma das maiores crises internas americanas, além de fortalecer
o governo e modernizar a economia. Em uma das suas celebres frases, Abraham
Lincohn disse: “Não me interessa
nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem tomam em consideração as condições dos animais”.
Ora, a questão é, se esse valoroso
homem, em meio a tantos combates e turbulências em sua vida, em meio a tantas
lutas e contrariedades, medos e decisões difíceis era sensível a causa animal,
por que as religiões que tanto falam em caridade não o são? Perguntem aos
líderes religiosos que tanto pregam o amor ao próximo, “por que não defendem os
inocentes animais”, que todos os dias são submetidos à humilhação, à dor e à
morte para servir de alimento a uma parte da humanidade, além de serem usados
em testes de laboratório, ou simplesmente mortos para que suas peles sirvam de
vestuário. A verdade é que as religiões ocidentais não se preocupam com os
animais, pois os consideram seres sem alma e sem sentimentos, tal qual os
escravagistas do passado pensavam sobre os negros e os nazistas pensavam sobre
os judeus, e por isso lhes impuseram tanta dor, humilhação, sofrimento e morte.
Com toda a certeza, todas as religiões se destinam a um propósito nobre,
buscando aproximar os homens de Deus. Porém, seus esforços ficam apenas na
esfera da atuação humana, devendo uma preocupação maior com relação a
preservação do planeta, do equilíbrio ecológico e, sobretudo, do respeito à
vida e ao bem estar dos animais. Há também uma outra questão; as lutas em prol
do planeta e dos animais não rende dinheiro nem da status social a esses
“religiosos”. Essa é sem dúvida a maior de todas as falhas das religiões
ocidentais. Não há uma que se pronuncie nesta questão, nem mesmo as
reencarnacionistas, tirando algumas poucas casas espíritas como a Asseama de
São Paulo, que se ocupa em defender as pobres criaturas. Lamentavelmente, o que
se observa, são pessoas que estão a frente dos estudos sobre a vida após a
morte, sem nenhum preparo espiritual real, pois doutrinam outras pessoas sobre
a lei de ação e reação, o amor fraterno e a caridade, e em seguida comemoram
seus resultados com o sangue dos inocente animais, a custo de muito sofrimento
e horror. Promovem suas festas com mesas fartas de almoços ditos “fraternos”, a
título de angariar recursos para manterem suas atividades. Mas nem toda “beleza”
de seus pratos consegue esconder uma vida de tortura e de indignidade imposta
as pobres e indefesas criaturas de Deus, provocada por outros seres cruéis,
ditos “humanos”. E assim, a exemplo das religiões que praticam o assassinato de
animais em seus rituais, também os católicos, evangélicos e, em sua maioria, os
espíritas são coniventes com a prática de abusos contra a natureza, posto que
se não a destroem diretamente, o fazem indiretamente ao comprar e consumir
carne e outros derivados de origem animal. Se pararem para pensar, vão ver que
seus esforços em ajudar o próximo são em vão, visto os sofrimentos que graçam
na humanidade. As doenças da alma e do corpo são cada vez mais graves. Pessoas
deprimidas, angustiadas, portadoras de várias fobias sociais, cânceres cada vez
mais agressivos, doenças hepáticas, doenças do coração e obesidade mórbida são
apenas alguns exemplos desta triste e alarmante realidade. Mas não são apenas
as questões de saúde que o consumo de carne e outros produtos de origem animal
são negativamente impactantes, pois há outras implicações. A criação para o
abate, o confinamento e o manejo cruel desses seres trazem também graves
problemas a economia dos países, sobretudo do Brasil. Terríveis problemas
sociais, tais como a fome, o desemprego, a falta de moradia, o abismo da
desigualdade social, a subutilização do solo agricultável e o fim dos recursos
hídricos são efeitos ainda mais graves desta cultura monstruosa. E como se não
bastasse, essa prática econômica perniciosa, traz um enorme atraso à evolução
espiritual do homem. Como vemos, as religiões em sua grande maioria, falham
terrivelmente ao não ensinar sobre isso. Por esse motivo, sou vegetariano e
ativista da causa animal, e há muito tempo desisti das religiões ocidentais e
me tornei simpatizante de algumas filosofias orientais que, como eu, defendem a
vida dos animais. E faço minhas as palavras do grande e iluminado Abraham
Lincoln; Também a mim não interessa
nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem tomam em consideração as
condições dos animais”.
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