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sexta-feira, 4 de abril de 2014

PAÍS VIVE TURBULÊNCIAS NAS ÁREAS DE ELETRICIDADE, PETRÓLEO E ETANOL



Por Marcelo Miranda
Em tempos de Copa do Mundo e de altos gastos na finalização dos estádios, o que podemos perceber é a consolidação de turbulências simultâneas nas áreas de eletricidade, petróleo e etanol, provocadas por suas decisões polêmicas do governo federal. Essa mesma crise, cada vez mais evidente, tem ainda gerado impactos crescentes na saúde fiscal da União, na balança comercial e até nas projeções de crescimento econômico.
Na área energética, o setor preferido da presidenta Dilma, já é iminente a ameaça de um racionamento elétrico, devido aos preços de combustíveis defasados por longo período e caros para o consumidor final devido a grande carga tributária brasileira, como também pelo desarranjo do complexo sucroalcooleiro e, por fim, pela derrocada da Petrobras e Eletrobras. As grandes estatais brasileiras padecem com sérios problemas de caixa, de endividamento e de perda do valor de mercado.
Já a oposição não perdeu tempo e apontou a evaporação de US$ 100 bilhões, nos últimos dois anos, da Petrobras e Eletrobras, se somados seus prejuízos financeiros, além da desvalorização dos seus papéis na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa).
O que estamos assistindo é à coroação de medidas equivocadas, tomadas sem ouvir os agentes diretos de cada área e cujos estragos são compartilhados por fontes distintas de geração de energia. Isso pois, quase 40 anos depois, a mistura de álcool anidro à gasolina deixou de ser competitiva justamente no momento em que as importações de combustíveis devoram, cotidianamente, bilhões de reais da Petrobras e provocam rombos no comércio internacional do país.
Mas, também se somam às pressões sobre a petroleira brasileira, as dificuldades do setor elétrico, representadas pelas compras externas de diesel e gás para mover todas as usinas termelétricas, acionadas a todo vapor para compensar o atual baixo nível dos reservatórios em pleno fim do período chuvoso.
Segundo dados da própria Agência Nacional do Petróleo (ANP), o déficit da balança comercial de combustíveis, resultado de importações maiores que exportações, vai se ampliar em 2014. O rombo do diesel será de US$ 9 bilhões este ano, enquanto o da gasolina será de US$ 2,5 bilhões. Isso considerando uma alta de 4% da demanda de derivados de petróleo.

Dentre vários problemas enfrentados pelo governo Dilma, sem dúvida, a turbulência nessas três áreas importantes compromete e muito a reeleição do governo petista, deixando em aberto espaços para a oposição cristalizar ainda mais seu discurso, fundamentado na incapacidade de Dilma e seus ministros gerirem as riquezas brasileiras, bem como todo o país.

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